Sabia que os insetos também têm disfarces?
Hoje o LIFE BEETLES, um projeto coordenado pela Secretaria Regional do Ambiente a Alterações Climáticas, vai desmascarar esses insetos disfarçados!
Existem, principalmente, dois tipos de disfarces nos insetos, a camuflagem e o mimetismo. A grande diferença entre os dois é que a camuflagem é usada para o inseto se confundir com o meio ambiente, e o mimetismo é quando um inseto apresenta características que o fazem parecer outro organismo, animal ou parte de outro animal.
Um exemplo de camuflagem nos insetos pode ser observado nas nossas espécies-alvo do projeto. O cascudo-da-mata, espécie endémica da ilha das Flores, possui uma série de estruturas, denominados 𝘴𝘦𝘵𝘢𝘦, na sua carapaça que permitem que pedaços de folhas, fungos e líquenes se prendam ao seu corpo, ajudando-o a camuflar-se. Desta forma consegue escapar aos seus predadores, sendo confundido com o seu meio ambiente, que é o solo das florestas húmidas das Flores.
No caso do mimetismo, este pode ter vários propósitos. Por exemplo, alguns insetos usam o mimetismo para se confundirem com plantas, como é o exemplo do bicho-pau e do inseto-folha. Outros insetos, muitos deles escaravelhos, imitam formigas e conseguem viver nas suas colónias e “enganá-las” para que elas os alimentem. Há, também, insetos que usam o mimetismo para afastar predadores, imitando outros animais perigosos ou venenosos. Por exemplo, as borboletas, por vezes, têm padrões que parecem olhos, levando os predadores a pensar que estão perante um animal muito maior. Moscas e escaravelhos imitam as abelhas e as vespas, parecendo muito perigosos para os seus predadores.
Seja qual for o objetivo, os insetos já dominam a arte do disfarce há muito tempo, e só os olhos mais atentos conseguem identificar estes mestres.
Já alguma vez foi enganado por um deles?